Há quem diga que todas as noites são de sonhos. 
Muitos tentam explicar seu significado, mas só quem sente é capaz de dizer o inexplicável que é. Muitos procuram soluções razoáveis, mas só quem sente sabe que basta a presença da pessoa a quem se sente. Muitos tentam fugir de sua realidade, mas acabam por perceber que quando se está longe de quem se gosta ela não só bate as portas do coração mas domina a alma. Aos olhos de quem a sente esta é uma das piores vilãs... Vem sem avisar, domina, parte o coração em pedaços, causa vazios que só podem ser preenchidos por uma única pessoa, e que nem sempre pode estar por perto para suprir esta necessidade insana de um querer para toda a vida, em todo o tempo. Dizer sobre a saudade é quase como tentar explicar os mistérios do amor. Saudade... Saudade... Saudade... machuca, dilacera os corações amorosos de pessoas perdidamente apaixonadas, em milésimos de segundos... capaz de sentir-se a alma rasgar, quebrar-se em partes pequenas, dor lástimavel que só quem vive enamorado pode sentir. Saudade do cheiro, do beijo, abraço, toque, macio da pele, carne, rosto, corpo, lábios, olhos, olhares... saudades de momentos, palavras ditas, sentimentos sentidos, frio na barriga quando se aproxima. Ah! Saudade. Pudera eu por um fio de uma vida poder dizer da saudade que sinto que fora a que desde cedo fizeste-me notar do amor que sinto, da necessidade de ti, do sonho já perdido, de tudo que já senti. E das coisas mais paranormais que já pude até hoje dizer, a maior de todas elas é que de tanto amar-te sinto a todo instante saudades de você!
Como é maravilhoso ver que mesmo depois de tanto tempo, o que prevaleçe é o sentimento.
Ver que não importam quão difíceis sejam os obstáculos, mas que se houver amor, e que se ele for verdadeiro, há de partir, como as folhas no vento, como o desenho feito a beira do mar.
O cansaço do dia-a-dia, o stress do trabalho, as noites mau-dormidas, parecem ser coisas insuperáveis, mas como é bom ver que o impossível realmente está na esquina, é uma questão de sorte, estender os braços e pegá-lo. Ver que não se está só para subir a montanha, e que o que importa não é estar no topo dela, mas sim a maneira de subir a escarpa.
Acho que amores assim, capazes de superar a dinãmica do dia-a-dia corrido e ainda assim ter um espaço para um riso fácil, um abraço carinhoso e um beijo apaixonado, são como chuvas de verão seguidas de um belíssimo arco-íris, quase que raros e tão belos e cativantes e lindos enfim...
A gente fantasia, acredita, quebra a cara, se apaixona, termina, e começa tudo de novo, acho que estas são as voltas que todo coração tem que dar até não encontrar quem se procura, mas ser quem a procuravam, da sua maneira, sem ser demais nem de menos, sem fazer grandes coisas nem pequenas, sem esperar por coisas e demonstrações escandalosas, mas cheia de detalhes que nos fazem feliz... encontrei o amor da minha vida, mas não porque o procurava, mas porque nos encontramos, foi preciso me encontar nele para ver que na verdade havia muito mais dele em mim... e hoje, diante de todas as coisas que já li, sei que o amor é mais do que mil palavras poderiam dizer, que vai além das explicações humanas, que estão fora do alcance de nossos olhos, exceto para aqueles que enxergam com a alma, porque aquele que busca a beleza, não entende os mistérios do coração. E quanto a entender estes mistérios não é saber dizer deles, mas sentir e saber que é ele e que é assim.
Ouvi certa vez de uma bela música que me agrada muito, que: “ o amor não é um vício, nem vive só de sexo. O amor quer te surpreender..” então porque não se deixar enamorar, transbordar de amor, partir para o desconhecido e se deixar surpreender?
